Nos últimos anos, o phishing se tornou um dos crimes digitais mais comuns no Brasil e no mundo. Trata-se de uma prática criminosa em que golpistas utilizam mensagens falsas — geralmente por e-mail, SMS, WhatsApp ou até redes sociais — para enganar a vítima e obter dados pessoais, bancários ou senhas de acesso.
Esse tipo de fraude é cada vez mais sofisticado e, justamente por isso, é fundamental entender como funciona, quais sinais de alerta observar e o que fazer caso você caia em um golpe desse tipo.
O que é phishing?
O termo “phishing” vem do inglês “fishing” (pescar), justamente porque os criminosos “lançam iscas” digitais para capturar informações sensíveis.
Essas iscas podem ser:
E-mails falsos que simulam bancos, lojas online, órgãos governamentais ou empresas de delivery;
Mensagens SMS com links suspeitos pedindo atualização de cadastro ou informando falsas cobranças;
WhatsApp ou Telegram com links de promoções irreais, vagas de emprego falsas ou boletos adulterados;
Sites clonados, que imitam páginas verdadeiras para roubar login e senha.
Como funciona o phishing na prática?
O golpe geralmente segue o seguinte roteiro:
O golpista cria uma mensagem convincente, muitas vezes copiando logos e layout de empresas conhecidas.
A vítima recebe a “isca” (um e-mail, SMS, mensagem em app ou link em rede social).
Ao clicar no link, a vítima é direcionada para um site falso.
No site clonado, ela insere dados pessoais, bancários ou de acesso.
O criminoso utiliza essas informações para cometer fraudes financeiras, compras online, transferências ou até roubo de identidade.
Exemplos comuns de phishing
Alguns exemplos frequentes no Brasil incluem:
E-mail de banco pedindo atualização de cadastro;
Mensagem da Receita Federal sobre “pendências fiscais” com link para consulta;
SMS de operadora informando bloqueio da linha;
WhatsApp de lojas conhecidas oferecendo cupons de desconto irreais;
Falsos comprovantes de PIX enviados para enganar vendedores.
Como identificar um ataque de phishing
Embora os golpes estejam cada vez mais sofisticados, existem sinais de alerta:
Endereço de e-mail estranho (ex.: suporte@banco123.com ao invés de @banco.com.br);
Mensagens genéricas (“Prezado cliente”) sem citar seu nome;
Erros de português ou formatação estranha;
Links suspeitos (passe o mouse sobre o link e veja se o endereço corresponde ao site oficial);
Ofertas boas demais para serem verdadeiras;
Urgência ou ameaça (“sua conta será bloqueada em 24h”).
Como se proteger do phishing
Existem algumas práticas que reduzem muito o risco de cair em golpes de phishing:
Nunca clique em links suspeitos recebidos por e-mail, SMS ou WhatsApp;
Digite o endereço do banco ou empresa diretamente no navegador em vez de confiar em links;
Ative a autenticação em dois fatores (2FA) em contas de e-mail, redes sociais e aplicativos bancários;
Mantenha antivírus e sistema operacional atualizados;
Desconfie de mensagens que pedem dados pessoais ou bancários;
Verifique o domínio do site (o endereço oficial geralmente termina com .gov.br, .com.br ou o domínio verdadeiro da empresa).
O que fazer se você cair em um golpe de phishing?
Se você já forneceu dados em um site falso ou clicou em um link suspeito, siga estes passos:
Altere imediatamente suas senhas de e-mails, redes sociais e aplicativos bancários;
Entre em contato com o banco para bloquear cartões ou contas comprometidas;
Ative alertas de movimentações financeiras;
Registre um boletim de ocorrência (BO) presencial ou online;
Comunique a empresa ou órgão falso usado no golpe, para que possam alertar outros clientes.
Perguntas frequentes sobre phishing
Phishing é crime no Brasil?
Sim. O phishing é considerado crime, geralmente enquadrado em estelionato (art. 171 do Código Penal) ou, em alguns casos, nos crimes previstos no Marco Civil da Internet e na Lei Carolina Dieckmann (Lei 12.737/2012).
É possível recuperar valores roubados em phishing?
Depende do caso. Se a vítima agir rapidamente e comunicar ao banco, há chance de bloqueio ou estorno. No entanto, em muitos casos os golpistas transferem os valores de forma quase imediata.
Como denunciar phishing?
A denúncia pode ser feita em:
Delegacia de Polícia (inclusive online, em vários estados);
Sites de denúncia de crimes cibernéticos (como o da Polícia Federal);
Ouvidoria da empresa/órgão que foi falsamente representado.
Conclusão
O phishing é uma das maiores ameaças digitais atuais, mas pode ser evitado com atenção e práticas simples de segurança. Desconfiar de mensagens suspeitas, não clicar em links desconhecidos e adotar medidas de proteção online são passos essenciais para evitar prejuízos financeiros e exposição de dados.
Proteger-se contra golpes digitais não é apenas uma questão de tecnologia, mas também de conscientização. Quanto mais as pessoas estiverem informadas sobre o phishing, menor será o espaço para os criminosos atuarem.