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Phishing: o que é, como funciona e como se proteger desse golpe digital

Nos últimos anos, o phishing se tornou um dos crimes digitais mais comuns no Brasil e no mundo. Trata-se de uma prática criminosa em que golpistas utilizam mensagens falsas — geralmente por e-mail, SMS, WhatsApp ou até redes sociais — para enganar a vítima e obter dados pessoais, bancários ou senhas de acesso.

Esse tipo de fraude é cada vez mais sofisticado e, justamente por isso, é fundamental entender como funciona, quais sinais de alerta observar e o que fazer caso você caia em um golpe desse tipo.


O que é phishing?

O termo “phishing” vem do inglês “fishing” (pescar), justamente porque os criminosos “lançam iscas” digitais para capturar informações sensíveis.

Essas iscas podem ser:

  • E-mails falsos que simulam bancos, lojas online, órgãos governamentais ou empresas de delivery;

  • Mensagens SMS com links suspeitos pedindo atualização de cadastro ou informando falsas cobranças;

  • WhatsApp ou Telegram com links de promoções irreais, vagas de emprego falsas ou boletos adulterados;

  • Sites clonados, que imitam páginas verdadeiras para roubar login e senha.


Como funciona o phishing na prática?

O golpe geralmente segue o seguinte roteiro:

  1. O golpista cria uma mensagem convincente, muitas vezes copiando logos e layout de empresas conhecidas.

  2. A vítima recebe a “isca” (um e-mail, SMS, mensagem em app ou link em rede social).

  3. Ao clicar no link, a vítima é direcionada para um site falso.

  4. No site clonado, ela insere dados pessoais, bancários ou de acesso.

  5. O criminoso utiliza essas informações para cometer fraudes financeiras, compras online, transferências ou até roubo de identidade.


Exemplos comuns de phishing

Alguns exemplos frequentes no Brasil incluem:

  • E-mail de banco pedindo atualização de cadastro;

  • Mensagem da Receita Federal sobre “pendências fiscais” com link para consulta;

  • SMS de operadora informando bloqueio da linha;

  • WhatsApp de lojas conhecidas oferecendo cupons de desconto irreais;

  • Falsos comprovantes de PIX enviados para enganar vendedores.


Como identificar um ataque de phishing

Embora os golpes estejam cada vez mais sofisticados, existem sinais de alerta:

  • Endereço de e-mail estranho (ex.: suporte@banco123.com ao invés de @banco.com.br);

  • Mensagens genéricas (“Prezado cliente”) sem citar seu nome;

  • Erros de português ou formatação estranha;

  • Links suspeitos (passe o mouse sobre o link e veja se o endereço corresponde ao site oficial);

  • Ofertas boas demais para serem verdadeiras;

  • Urgência ou ameaça (“sua conta será bloqueada em 24h”).


Como se proteger do phishing

Existem algumas práticas que reduzem muito o risco de cair em golpes de phishing:

  • Nunca clique em links suspeitos recebidos por e-mail, SMS ou WhatsApp;

  • Digite o endereço do banco ou empresa diretamente no navegador em vez de confiar em links;

  • Ative a autenticação em dois fatores (2FA) em contas de e-mail, redes sociais e aplicativos bancários;

  • Mantenha antivírus e sistema operacional atualizados;

  • Desconfie de mensagens que pedem dados pessoais ou bancários;

  • Verifique o domínio do site (o endereço oficial geralmente termina com .gov.br, .com.br ou o domínio verdadeiro da empresa).


O que fazer se você cair em um golpe de phishing?

Se você já forneceu dados em um site falso ou clicou em um link suspeito, siga estes passos:

  1. Altere imediatamente suas senhas de e-mails, redes sociais e aplicativos bancários;

  2. Entre em contato com o banco para bloquear cartões ou contas comprometidas;

  3. Ative alertas de movimentações financeiras;

  4. Registre um boletim de ocorrência (BO) presencial ou online;

  5. Comunique a empresa ou órgão falso usado no golpe, para que possam alertar outros clientes.


Perguntas frequentes sobre phishing

Phishing é crime no Brasil?

Sim. O phishing é considerado crime, geralmente enquadrado em estelionato (art. 171 do Código Penal) ou, em alguns casos, nos crimes previstos no Marco Civil da Internet e na Lei Carolina Dieckmann (Lei 12.737/2012).

É possível recuperar valores roubados em phishing?

Depende do caso. Se a vítima agir rapidamente e comunicar ao banco, há chance de bloqueio ou estorno. No entanto, em muitos casos os golpistas transferem os valores de forma quase imediata.

Como denunciar phishing?

A denúncia pode ser feita em:

  • Delegacia de Polícia (inclusive online, em vários estados);

  • Sites de denúncia de crimes cibernéticos (como o da Polícia Federal);

  • Ouvidoria da empresa/órgão que foi falsamente representado.


Conclusão

O phishing é uma das maiores ameaças digitais atuais, mas pode ser evitado com atenção e práticas simples de segurança. Desconfiar de mensagens suspeitas, não clicar em links desconhecidos e adotar medidas de proteção online são passos essenciais para evitar prejuízos financeiros e exposição de dados.

Proteger-se contra golpes digitais não é apenas uma questão de tecnologia, mas também de conscientização. Quanto mais as pessoas estiverem informadas sobre o phishing, menor será o espaço para os criminosos atuarem.

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