O Bitcoin é, sem dúvidas, a criptomoeda mais conhecida e difundida entre populares, isto porque foi o pioneiro e abriu as portas para uma geração de ativos digitais descentralizados, isto é, sem a necessidade de um servidor central, por dispositivos ponto-a-ponto. Utiliza a tecnologia blockchain, que é um registro público descentralizado e imutável de todas as transações já realizadas. A blockchain do Bitcoin é composta por blocos que contêm várias transações. Cada bloco é vinculado ao bloco anterior, criando assim uma cadeia de blocos.
O seu mecanismo atua por meio de carteira virtual, criando um código com números e letras, servindo de referência para as operações. Este mecanismo não admite o uso da mesma criptomoeda mais de uma vez, impedindo que haja gasto duplo. O Bitcoin é passível de divisão até a oitava casa decimal e o seu limite de circulação estabelecido até o momento é de 21 milhões. Isso significa que não pode ser inflacionado indefinidamente.
Os titulares das carteiras dispõem de chaves criptográficas, sendo estas privadas e públicas. As privadas são utilizadas para assinar digitalmente determinada transação e por intermédio da chave pública, os demais usuários da plataforma são capazes de confirmar se a transação foi acertadamente autorizada, sem que para isso seja necessário ter acesso à chave privada.
Por exemplo, ao pegar um grupo de pessoas que resolvem usar este sistema para transferir dinheiro uns para os outros. O indivíduo (A) deseja transferir bitcoins para o indivíduo (B), a partir daí é emitida uma mensagem contendo a chave pública do emitente (A), a chave pública do recebedor (B) e o total a ser transferido. Esta mensagem, junto com a chave privada de (A), cria uma assinatura digital através de uma função chamada de hash.
O procedimento de apuração intitulado como mineração, consiste no uso da tecnologia computacional para a solução de problemas matemáticos no menor tempo possível, isto é, conforme são transferidas, é preciso uma alta performance informática para decodificar toda a cadeia e analisar a autenticidade das transações. Neste contexto, tem-se os mineradores, que oferecem capacidade de processamento para solucionar o sistema do código criptografado e confirmam as transações.
Depois deste procedimento, a transferência será verificada e inserida no registro público de transações, Distributed Ledger Tecchnology (DLT), ou seja, todos os utilizadores possuem acesso às transações realizadas desde a origem da rede, contudo, sem a ciência de quem são seus detentores, sobretudo dos seus dados, em razão de não ser preciso nenhum meio de identificação pessoal para a criação da carteira digital.
As trocas entre detentores de criptomoedas é objeto de diferentes conceitos. Considerando que nos bancos o dinheiro está em uma agência, logo, em lugar determinado, todavia, as criptomoedas atuam de modo descentralizado com a transmissão da posse sendo alterada no sistema. Isso quer dizer que a criptomoeda não se estabelece em um lugar e, sim, seu livro-razão que está em diversos lugares ao mesmo tempo, fazendo com que a transação apareça em todos eles. Consequentemente, não há como saber se houve uma transmissão para dentro ou fora de um país, mas entre indivíduos em lugares distintos.
É importante destacar que o funcionamento detalhado do Bitcoin envolve conceitos complexos de criptografia, economia e tecnologia. Essa explicação oferece apenas uma visão geral do funcionamento básico do Bitcoin.